Previsão de vendas de automóveis em 2016



  

Em 2015 as vendas de veículos caíram 26,6% e em 2016 a previsão é que as vendas caiam 5%.

O mercado automobilístico aproveitou ótimos anos para as vendas desde 2003 mesmo em tempos de crise. Os subsídios públicos certamente ajudaram, porém mesmo assim as vendas não aguentaram o ano turbulento de 2015 e caíram. Em 2015 as vendas foram 26,6% menores que no ano anterior, um grande impacto para a indústria da área.

Um dos motivos que deu o golpe à indústria automobilística foi a alta do dólar, que passou dos R$4,00. Como muitos dos componentes, especialmente os eletrônicos, são importados seus preços levantaram o preço final do veículo desestimulando os possíveis consumidores. Esses consumidores inclusive também sofreram golpes próprios como perdas de empregos e benefícios. Também serviram para aumentar o preço ajustes tributários e inflação.

O pior não são as perdas no lucro das empresas, mas sim o fim de diversas posições que elas foram forçadas a cortar devido à crise. Em 2015 foram 28 mil trabalhadores que perderam seus cargos e a perda só não foi maior graças a montadoras que entraram no país como a BMW e a Audi.

Mesmo entre aqueles que não foram mandados embora existem muitos com carga horária (e portanto salário) reduzidos ou afastados. Isso traz uma expectativa negativa para o ano que entra tanto na economia quanto no mercado de trabalho.





Para que o mercado se recupere e volte a crescer as montadoras tentam investir em varejo e na nacionalização de componentes. A ideia é baratear os carros para que o consumidor consiga comprar mesmo em período de crise.

A Anfavea prevê que a venda de automóveis no Brasil deve cair 5% em 2016, algo até otimista considerando-se os números de 2015. E para quem acha que é só aguentar mais um ano que o pior terá passado é bom não ficar tão tranquilo assim, algumas montadoras esperam que o mercado continue em queda até 2017.

Por Gizele Gavazzi

Foto: Divulgação



1 comentário em “Previsão de vendas de automóveis em 2016

  • Mesmo com grande queda, os preços não caem, só sobem. Mesmo com a alta dos preços, os empregos são cortados. Os aumentos são repassados para o consumidor final, sempre. Agora qual a porcentagem de perda do lucro das empresas? A indústria automotiva sempre se vale do "custo Brasil" para justificar os altos preços, mas e o "lucro Brasil"? deste ninguém fala.

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