Venda de Carros de Luxo tem Queda no Brasil



  

Queda nas vendas chega a 70%. Principal fator apontado é a alta do dólar.

Nos últimos tempos tem se comentado bastante o fato de que os problemas enfrentados pelo mercado de automóveis, principalmente o de modelos novos, fez com os níveis retornassem a praticamente o mesmo patamar que tinham em 2007. Por outro lado, passando ainda distante da tão falada crise, está o setor das marcas de luxo, que tem conseguido se manter preservado. Entretanto, quem imagina que as marcas de luxo estão todas se dando bem no mercado está profundamente enganado.

Nessa linha milionária algumas das mais conhecidas marcas já vem enfrentando diversos problemas há algum tempo. Entre elas estão a Aston Martin, Maserati, Bentley, Rolls-Royce, Lamborghini e a Ferrari. Essas marcas colocam no mercado modelos que ultrapassam facilmente a faixa de R$1 milhão. Nos dados registrados nos últimos quatro anos, o segmento chegou a encolher 68,3%. E em 2016 ainda não se viu sinal de melhora para o elas.

A consultoria Jato Dynamics divulgou alguns dados sobre a questão. De acordo com ela, foi levado em consideração tanto as vendas realizadas por representantes oficiais quanto aquelas feitas por importadores independentes. Os dados apontam que em 2015 os representantes dessas marcas de alto luxo só conseguiram emplacar 71 unidades.

Esse número vem tendo uma queda acentuada desde 2011. Na época foram vendidas 227 unidades. Em 2012 a queda foi para 169 unidades, em 2013 com uma queda menor chegou a 150 e a 133 emplacamentos em 2014.

Os números que foram registrados no ano passado apenas deixam mais claro o que já se sabia: A queda tem se agravado cada vez mais e sem sinal de variação para o lado positivo.





Para se ter ideia do tamanho do problema, vejamos a situação da marca mais atingida, a Aston Martin. Durante todo o ano de 2015 a marca só conseguiu emplacar no Brasil as inacreditáveis três unidades. Um ano antes, em 2014, foram emplacadas 11 unidades e lá em 2011, 36 carros foram vendidos.

Especialistas tem apontado a alta do dólar como o principal fator influenciador desse nicho.

Em 2015 o dólar chegou a subir 48%. Em 13 anos esse foi o maior avanço.

O cenário sem melhoras já tem feito essas marcas milionárias pensarem em como encarar os problemas por um período bem prolongado e sem perspectivas , ao menos por enquanto, no país.

Por Denisson Soares



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