Brasil e Argentina podem Renovar Acordo Automotivo



  

Acordo termina no dia 30 e renovação depende da reconsideração de alguns pontos.

Quando o assunto é mexer com acordos que afetam a economia, os dois lados da moeda querendo ou não acabam se manifestando. Na última terça-feira, dia 07 de junho, Francisco Cabrera, atual Ministro da Produção, afirmou com todas as letras que os argentinos tem sim interesse em estender o acordo feito para o setor automotivo com o Brasil por no mínimo mais um ano. De acordo com ele, a expectativa é de que o citado acordo continue com os mesmos pontos que conta agora. Os quais, por sinal, são vistos com bons olhos pela Argentina.

Indagado por alguns meios de comunicação sobre o tema, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) deu sua palavra afirmando que se o acordo vai ou não ser renovado não há nada certo. Antes que qualquer decisão seja tomada, deverão vir as reuniões para que os termos possam ser definidos.

Sobre as reuniões para a discussão sobre os aspectos mais importantes do referido acordo, a Anfavea – Associação das Montadoras – já deixou claro que irá participar delas juntamente com o governo brasileiro.

As montadoras, por sua vez, continuam a defender a renovação do acordo por um período que seja superior a um ano. Entretanto, destacam que manter o atual fluxo tanto de importação quanto de exportação seja o principal ponto a ser considerado.

Esse tema volta e meia surge na mídia. No ano passado diversos países se manifestaram afirmando que irão discutir sobre o chamado “livre comércio”. De acordo com Megale, presidente da Anfavea, o livre comércio seria realmente o ideal, entretanto, a manutenção do fluxo que já existe continua como sendo o objetivo primordial.





O acordo em si tem uma importância significativa para o Brasil. Para termos noção disso basta considerarmos que a Argentina é o país para onde o maior volume de exportações de veículos brasileiros são direcionados.

O término do acordo entre os países está marcado para ocorrer no próximo dia 30. Mas até lá novidades e modificações podem surgir.

O acordo em si prevê que para cada dólar exportado da Argentina para o Brasil tanto em veículos quanto em autopeças, poderá em contrapartida importar 1,5 dólar de produtos nacionais (sem a incidência dos impostos). Sendo assim, considerando esse valor o excedente seria tributado a 35%.

O assunto ainda irá provocar muito o que falar isso porque muitas das principais exportadoras de veículos aqui no Brasil também exportam ou produzem modelos em terras argentinas.

Por Denisson Soares



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